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Calote no dos outros é refresco…

A gente tem conversado bastante sobre clientes, preços e orçamentos. E isso é bom. Mas meu avô sempre dizia: “Saia enquanto ainda está por cima.” Então obedecendo a sabedoria dele eu vou dar um tempo nesse tópico e vou enveredar por um outro assunto.

Na verdade o assunto é uma continuação do tópico, mas pouco tenho eu visto falar sobre o mesmo ultimamente. O que é uma pena. Então sem mais delongas ou suspense vou apresentar-lhes o tema de hoje:

Ok, o preço foi acertado e aceito, como evitar o tão famigerado e temido calote?

Consigo imaginar alguns rostos se retorcendo ao lembrar dos calotes sofridos e até mesmo alguns olhos brilhando com a esperança de aprenderem como fugir deste inimigo financeiro. Mas infelizmente sou obrigado a ser portador de más noticias: Não existe formula mágica para fugir do calote!

Mas de quem é a culpa do calote? Temos sempre a mania de culpar o cliente e mau pagador de ser o responsável pela nossa desgraça. Mas a verdade é que os maiores culpados de levarmos calotes em 90% das vezes somos NÓS mesmos!

Ah! Mas o cara é um canalha! O cara é mau pagador! O cara não teme escrúpulos! Sim, tudo isso pode ser verdade. Mas outra verdade, e essa pouco agradável aos nossos ouvidos, é que nós criamos a situação do calote.

Meu avô (aparentemente hoje estou nostálgico) também sempre dizia: “A ocasião faz o ladrão.” E olha que ele era estrangeiro. Pior para nós que vivemos no Brasil onde infelizmente ainda impera a Lei de Gerson, a mania chata que alguns tem de ter que levar vantagem em cima de todo mundo. Visto este histórico, precaução e vitamina C nunca fizeram mal a ninguém ;^) (To cheio de chistes também…).

Dito que não temos como fugir do calote, que hora vindoura estaremos levando um… o que podemos fazer?

Simples! Nos precaver! Vamos ser sinceros?

Ninguém aqui atua em Design por hobby, essa é a nossa profissão, nossa atividade, nosso meio de sustento. Isso por si só já denota uma certa responsabilidade. E tal responsabilidade exige de nós certa postura ética e moral tanto para com a nossa atividade, quanto para com nossos colegas de profissão como para com os clientes também.

Ora! Não somos mais crianças para selar acordos com um cuspe na mão e o aperto logo em seguida (Graças a Deus, pois sempre considerei tal habito no mínimo nojento…). E existem certas formalidades que nos servem de termometro para saber quão sério nossa atividade está sendo levada a sério e qual a real intenção do cliente no decorrer das negociações.

Eu acabei desenvolvendo uma cartilha própria para me defender, e como estamos perto do Natal eu vou dividi-la com vocês. É claro que é mais um emaranhado de idéias do que uma cartilha em si, mas desde que eu a desenvolvi alcancei um certo grau de sucesso e os calotes praticamente cessaram. Eis-la:

1)Desenvolva um método de atendimento cortês porém sempre profissional:

Pronomes de tratamento existem e servem exatamente para isso. Criar certo distanciamento profissional. Ora! Ele é seu cliente, não seu colega de bar ou velho amigo de infância (salvo as exceções quando nesse caso serão).

Dr.(a), Sr.(a), Sra, é sempre bom, deixam claro que você esta lá como um profissional e que espera o mesmo tratamento em retorno. Criar uma “amizade” com o cliente é complicado afinal: “Quem te f8d# é amigo, inimigo tu não deixa chegar perto!” (meu avô era demais..mas isso vocês já perceberam).

Não estou dizendo para chegar no cliente com 4 pedras na mão! Pelamordedeus não é isso não! Mas cortês é uma coisa, intimista é outra ;^)

2)Papelada… recorra a papelada:

Burocracia, pode ser a sua amiga e até trabalhar a seu favor.

Após uma reunião com o cliente, eu sempre envio um e-mail para o mesmo com os principais tópicos acertados. Uso o e-mail como desculpa para reforçar os pontos da reunião e a vantagem é que agora o que foi dito verbalmente passa a ter concisão documental.

Nesse e-mail geralmente envio um formulário Briefing para o cliente responder e me mandar de volta, nele consta uma série de perguntas pertinentes ao projeto e com as respostas que ele me fornecer eu vou saber mais do cliente, da empresa e o que ele realmente deseja, minimizando meu trabalho de tentar adivinhar o que lhe agrada e o que não lhe agrada. Visto esta etapa, vamos montar um orçamento…

Orçamento é uma coisa, proposta é outra e contrato então nem se fala!

Quanto mais descritivo você conseguir ser, melhor para você. Envie Orçamento em papel timbrado mesmo, bem detalhado, descrito, escrito torna as coisas mais claras para você e para o cliente.

Aceitou o orçamento? Maravilha! Agora dá uma assinadinha aqui na proposta por favor?

Eu preguiçoso que sou já faço Orçamento/Proposta no mesmo documento assim se ele aceita o orçamento, assina a proposta e manda a 2º via da mesma de volta para mim.

To com a proposta assinada…vou trabalhar? NÃO! Eu também peço um sinal normalmente de 50% do valor do projeto, mas não é regra geral pois o valor pode ser alto e o projeto grande então vale aqui é a analise e o bom senso. Mas sem sinal nada se faz! Pelo menos eu não faço…

Projetos grandes com várias etapas, como se faz? Eu cobro por etapa concluída.

O custo geral é de R$ 5.000,00 em 5 etapas de R$ 1.000,00 simples, não? E, claro, tome mais papelada.

Eu solicito ao fim de cada etapa ao cliente uma avaliação geral da mesma (aqui vão dois formulários, uma pesquisa de satisfação e um outro atestando a conclusão da etapa) e a assinatura atestando que esta etapa finalizou-se e estamos avançando no projeto. (assim caso mais para frente ele queira voltar etapas, eu cobro hora técnica para ele, afinal ele havia concordado que tudo estava satisfatório)

Ah então com tudo isso eu nunca mais levo um calote?

Não é isso que eu disse! Sempre tem um sem-mãe (para não dizer coisa pior!) com um índole pervertida doido para aplicar o velho 171 em cima de alguém. Mas com estas precauções diminui-se bastante a chance de levarmos um bom calote!

Bons trabalhos!

OS: É Natal mesmo! Então eu vou anexar alguns arquivos que baixei na WebDesign e os utilizei para renovar os meus documentos de propostas, orçamentos e etc… Podem baixar pois são bem legais e sobretudo úteis para todo tipo de projeto não apenas sites!

Exemplos de documentação para encaminhar um projeto

Publicado por Ed Sturges

Designer Carioca, 32 anos, formado em Desenho Industrial pela UniverCidade em 2000, atua na area de Design, Publicidade há mais de 15 anos, anteriormente como Ilustrador. Tem como hobby artes gráficas 3D, Tattoos, Desenhos (sua grande paixão), video-games e animação

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