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Entrevista com Bob Lutz, responsável pelo projeto do VOLT /GM

Leia a íntegra da entrevista feita com Bob Lutz, responsável pelo projeto do carro elétrico da General Motors


Guru da indústria automotiva, Robert Lutz, responsável pelo projeto do carro elétrico da General Motors, o Volt, fala a Época NEGÓCIOS.

Época NEGÓCIOS – O senhor costuma guiar uma moto elétrica. Já ficou parado na rua por falta de bateria?
Robert Lutz – Sim, na primeira vez que saí com a moto. Não existe uma forma eficiente de medir a carga dessas baterias modernas. O que todo mundo desenvolveu é um simulador, um sistema que calcula a quantidade de peso, de aceleração, inclinação para saber quanto se está usando da bateria. Na concessionária, a bateria tem de ser descarregada e depois receber carga máxima para que os instrumentos funcionem direito. Minha moto indicava que a bateria estava totalmente carregada, mas na verdade ela só tinha um terço de energia. Fui dar uma volta e de repente vi uma luz vermelha que indicava: bateria. Ainda consegui andar um pouco quando tive de encostar a moto. Para minha sorte, tinha um celular e não estava longe de casa. Esse é o problema com os veículos puramente elétricos: quando você está na estrada, não pode ir até um posto para pegar uma lata de cinco litros de energia.

NEGÓCIOS –  Mas isso nunca vai acontecer com o Volt.
Lutz – Não. Acho que encontramos a fórmula certa.

NEGÓCIOS –  O senhor nasceu na Suíça, filho de um banqueiro bem-sucedido. 
Lutz – 
Quais são suas recordações da infância?
Tinha dois irmãos mais novos e a vida era boa. Mas foi uma juventude instável. Passávamos muito tempo entre os Estados Unidos e a Suíça porque meu pai era transferido. Não existiam escolas Suíças em New Jersey e tive de estudar numa escola americana. Apesar das boas notas nos Estados Unidos, sempre que voltava à Suíça me perguntavam o que estava aprendendo em matemática. Eles me davam exercícios e eu dizia: acho que ainda não vimos essas coisas. Sempre que voltava repetia o ano. Sendo uma pessoa muito criativa, tenho um certo grau de déficit de atenção. Tenho problemas para me concentrar, especialmente em matemática e coisas que não me agradam. Tive problemas para me formar.

NEGÓCIOS –  Quando descobriu que tem déficit de atenção?
Lutz – Na verdade, nunca descobri. Hoje acho que esse era meu problema. Vamos colocar a culpa no déficit de atenção (risos). Finalmente me formei na Europa quando tinha 22 anos, quando a média era de 19 anos. Estava atrasado.

NEGÓCIOS –  Você também teve problemas de rebeldia na escola, não?
Lutz – Por um tempo. Fui expulso da escola e tive de trabalhar no armazém de couro do meu tio. Tive de aprender a cuidar de couro, era o responsável pelo estoque. Depois de seis meses desse tipo de trabalho percebi que a escola não era tão ruim assim. Fui mandado para uma escola no lado francês da Suíça.

NEGÓCIOS – Quando descobriu a paixão pelas máquinas?
Lutz – Quando tinha três anos. Só queria saber de brinquedos mecânicos, qualquer coisa que parecesse com um carro, moto etc. Rapidamente fiquei fascinado pelos carros. Quando era novo, numa época em que não existiam muitas marcas, conseguia diferenciar todas as marcas de carro. Aos 10 anos, conseguia distinguir todos os carros americanos por marca, modelo, opções de motorização, potência, velocidade máxima. Era uma enciclopédia da indústria automotiva.

NEGÓCIOS –  O que te levou a ter tanto interesse em carros?
Lutz – A família sempre teve carros muito bons. Meu pai, cujo gosto era conservador, tinha Aston Martins, Jaguares. Meus tios tinham Ferraris GTBs. Para mim, os carros sempre foram uma expressão não apenas da necessidade humana por liberdade e transporte, mas também um trabalho de arte. Quando você pensa, o carro é uma escultura móvel. Diferente de outros tipos de arte que você admira num mesmo lugar, os carros estão nas ruas.

NEGÓCIOS –  O senhor entrou na Marinha por causa de um acordo com o seu pai… 
Lutz – Ele estava ficando cansado dos meus problemas na escola. Ele tinha um amigo que tinha acabado de sair da Marinha depois da Segunda Grande Guerra e que depois foi trabalhar em Wall Street.

NEGÓCIOS – Desde o começo o senhor gostou da corporação?
Lutz – Tinha sido escoteiro durante a Segunda Guerra, numa época em que os escoteiros eram quase uma organização paramilitar. Os acampamentos eram duros e violentos, com muitas punições que não seriam permitidas hoje. Quando entrei, queria ser piloto de combate na Segunda Guerra. Era um grande admirador de B51 Mustangs, P47 Thunderbolts, Spitfire etc. Eu pensava: talvez a guerra vai durar o suficiente para que eu possa lutar nela.

NEGÓCIOS –  Por que a Marinha foi tão importante para o senhor?
Lutz – Aceito a religião protestante, mas não costumo freqüentar a igreja. Meu problema com a religião é que existem tantas e cada uma pensa que existe um único Deus. Algo me diz que existe alguma coisa errada com essa teoria. A Marinha trouxe ética e moral à minha vida. Eles sempre se orgulharam de honra, comprometimento, lealdade, disciplina e orgulho de ser uma das melhores organizações militares do mundo. A conduta deles é ótima, os treinamentos também.

NEGÓCIOS –  O senhor queria seguir carreira militar. O que aconteceu?
Lutz – Não tinha diploma universitário. Virei piloto, era tenente e num determinado ponto me disseram que para seguir carreira eu precisaria de um diploma universitário. Pedi dispensa, Queria pegar o diploma e voltar para a corporação. Mas quando entrei na faculdade fiquei fascinado com esse aspecto de negócios e design, fui fazer um masters. Descobri que poderia ficar com a reserva, com quem poderia voar o resto da vida. Pensei: se fizer carreira militar, não posso fazer negócios. Mas se for trabalhar na indústria automotiva, poderia continuar voando com unidades militares nos finais de semana. Era a chance de continuar com o melhor dos dois mundos.

NEGÓCIOS – Quando o senhor entrou na indústria automotiva?
Lutz – Em 1963. Comecei a trabalhar na GM em Nova York. Trabalhei 18 meses antes de ir para a Alemanha, onde era analista sênior. Eles me deram crédito por ter quase 30 anos. Trabalhava num grupo chamado de planejamento adiantado das operações internacionais da empresa.

NEGÓCIOS –  Que tipo de impacto o senhor causou nas montadoras em que 
Lutz – 
trabalhou? E que lições aprendeu em cada uma delas?
Acho que o maior impacto sempre foi melhorar o produto. Trago um tratamento único para os produtos e acho que entendo muito bem como a cabeça dos consumidores funciona.

NEGÓCIOS –  Como é o processo criativo de um carro?
Lutz – É uma combinação de coisas. A sua cabeça vai recebendo informações de várias fontes e de repente elas se conectam. De uma hora para outra ocorre que você deveria estar fazendo isso. Na indústria automotiva é comum não ter pessoas criativas, você tem pessoas analíticas. Eles analisam tendências do mercado, olham o que está vendendo e o que não está. Pegam o que está vendendo e melhoram um pouco. Se é feito de forma muito habilidosa, como é o caso da Toyota, que ninguém diz que faz carros fantásticos e excitantes, mas faz um trabalho muito bom de melhoria dos modelos, esse tipo de teoria funciona até certo ponto. Mas se a empresa estão com a reputação danificada, como a GM hoje ou a Chrysler, você tem de aparecer com coisas muito impressionantes.

NEGÓCIOS –  O Volt é essa coisa impressionante da GM?
Lutz – O Volt é a grande ruptura com o passado. Isso porque a GM, no meu ponto de vista sem merecer, ficou com a reputação de ser uma empresa que não liga para o meio-ambiente. Ficamos marcados por construir o Hummer, o carro mais esbanjador do mundo. Por outro lado, a Toyota ficou conhecida por construir o Prius, o carro que é amigo da natureza. O fato deles produzirem um grande utilitário que consome tanto combustível quanto o Hummer não faz diferença. Mas a percepção geral é de que a Toyota é a empresa de gente boa que faz o Prius e a GM, o diabo que usa recursos naturais e que produz o Hummer. Tínhamos que fazer alguma coisa muito grande para tentar recuperar a liderança tecnológica e ambiental da Toyota.

NEGÓCIOS –  O Volt pode fazer pela GM o que o Viper fez pela Chrysler?
Lutz – Ele já está fazendo isso. Ele já está mudando a forma como as pessoas vêem a GM. De muitas formas, é muito parecido psicologicamente. Com a diferença de que as prioridades são diferentes. O Viper é um carro de velocidade e motor potente. Agora, é meio-ambiente.

NEGÓCIOS –  O senhor diria que o Volt já é um sucesso?
Lutz – Ele já atingiu um dos objetivos, que é começar a mudar a percepção pública e da mídia do comprometimento da GM com veículos que não afetem tanto o meio-ambiente. O diretor de comunicação da GM costuma fazer as palavras-cruzadas do The New York Times. Alguns dias atrás, uma das perguntas era: palavra de quatro letras do revolucionário carro elétrico da GM.

NEGÓCIOS –  No caminho do aeroporto para o hotel vi outdoors do carro. É estranho ele estar por todo lado quando só vai ser lançado em 2010. 
Lutz – Decidimos fazer um programa muito aberto com o Volt. Ao invés de fazer de forma secreta, como normalmente a indústria funciona, a gente resolveu inovar. Temos encontros periódicos com a imprensa, trazemos os fanáticos por carros elétricos nos Estados Unidos para conhecer o laboratório de bateria. Mostramos o que estamos fazendo, o que está indo bem e o que ainda temos que fazer para melhorar as baterias. Um dos motivos porque temos uma resposta muito boa do projeto é porque estamos sendo muito abertos em relação ao atual estágio de desenvolvimento do veículo.

NEGÓCIOS – Por outro lado, os críticos dizem que não se passa de uma estratégia de marketing.
Lutz – É claro que estamos usando o Volt e capitalizando no interesse que as pessoas têm nele. Começamos a trabalhar nesse projeto no segundo semestre de 2006 e mostramos o carro na feita de Detroit de 2007. Isso foi antes do preço do petróleo. Sempre digo que hoje temos muito petróleo, mas com o crescimento da China, Índia, Brasil, leste europeu e, um dia, até a África, você sabe que o petróleo vai ficar cada vez mais escasso. Por todos esses motivos, mais do que imaginávamos, o Volt está se transformando na imagem que a GM quer ter no futuro.

NEGÓCIOS –  Quer dizer que se o preço do petróleo cair novamente não vai mudar a estratégia da empresa?
Lutz – Não. Talvez seja mais difícil vender carros como o Volt, mas não existe a possibilidade de mudar o comprometimento de construir o carro. Em todo o mundo estamos enfrentando a questão da regulamentação das emissões de CO2. Mesmo que o preço da gasolina volte a 2 dólares por galão e as pessoas quisessem comprar grandes utilitários de novo, teríamos que dizer às pessoas que não poderíamos vender esses carros porque o governo não deixa.

NEGÓCIOS – O senhor sempre foi conhecido pelos carros rápidos e potentes. Como chegou ao conceito do volto?
Lutz – Queria um carro puramente elétrico. Até que Jon Lauckner (executivo da GM) me convenceu de que essa não era a melhor idéia do mundo. Ele é um engenheiro e eu, não. Ele me explicou que a melhor maneira de fazer o carro seria ter uma bateria relativamente pequena, com preço acessível e que andasse 64 quilômetros. E com um motor para recarregar a bateria e aumentar a autonomia do carro. Não foi muito difícil me convencer de que essa era a melhor idéia. Mas a minha idéia inicial era dar um salto em relação à Toyota e fazer um carro puramente elétrico.

NEGÓCIOS –  Um carro como o Volt pode tirar a GM dessa crise?
Lutz – Pode ajudar a sair das dificuldades atuais, que são causadas pela crise global. No curto prazo, o Volt é um problema para a empresa porque estamos gastando muito dinheiro no seu desenvolvimento numa época em que temos que tomar muito cuidado com a forma como gastamos nossos recursos. Mas essa crise vai acabar um dia e aí vamos ter de conseguir mais dinheiro, seja mais dívida ou mais equity. E é aí que o Volt vai nos ajudar. As pessoas investem em idéias promissoras, em empresas que parecem ter soluções. Nesse sentido o Volt ajuda muito.

NEGÓCIOS –  Por que o Volt é o seu projeto mais importante?
Lutz – Porque ele é transformador. É uma tecnologia nova, estamos fazendo algo que ninguém fez antes. Mais importante, um carro como o Volt faz com que as pessoas se livrem dos combustíveis fósseis. Em países onde se usa etanol, o pequeno motor poderá rodar com esse tipo de combustível. Mesmo se o motor rodar com etanol, ele quase não vai usar petróleo. Vai usar ou etanol ou eletricidade. A razão pela qual penso que é um dos carros mais revolucionários das últimas décadas é porque ele traz uma nova maneira de ver o transporte humano à medida que fazemos com que o mundo viva sem petróleo.

NEGÓCIOS –  Mas não por causa do aquecimento global, na qual o senhor não acredita. 
Lutz – Qualquer que seja a sua crença em relação ao assunto, todo mundo concorda que acabar com o uso do petróleo é uma boa idéia. O que estamos fazer é tirar o carro do radar dos ambientalistas.

NEGÓCIOS –  Hoje o carro é o inimigo número um dos ambientalistas.
Lutz – Sim. E eles têm grande influência junto ao governo. Eles vão conseguir passar todo o tipo de regulamentação em relação a emissões de CO2. O Volt é a única solução que vai além de qualquer regulamentação de emissão de CO2 em qualquer lugar do mundo. Ao mesmo tempo, ainda permite a mobilidade que as pessoas estão acostumadas.

NEGÓCIOS –  Como está a situação da GM?
Lutz – Diria que a situação é desafiadora. Mas vamos sair dela. Não é minha área no negócio, mas mesmo com equity apertado temos que ter certeza de que a GM consegue arrumar recursos. E estamos sendo muito cuidadosos com a forma como gastamos. Basicamente, estamos olhando com cuidado para as nossas necessidades e prioridades. Vamos gastar apenas em projetos que são extremamente necessários. Estamos olhando inventários, materiais, como pagamos fornecedores etc. Já conseguimos economizar bilhões de dólares com isso.

NEGÓCIOS – O senhor teme que a empresa seja comprada?
Lutz – Acho que o valor das nossas ações está tão baixo que somos considerados “compráveis”. Mas na atual situação do mercado, não tenho certeza de que alguma empresa estaria disposta a assumir esse desafio.

NEGÓCIOS –  O senhor teme que isso aconteça?
Lutz – Não. Se alguém tivesse a intenção de comprar a GM já teria comprado.

NEGÓCIOS –  Existe espaço para tantas montadoras ou vai haver consolidação?
Lutz – É difícil dizer. Uma coisa é certa: vai sempre haver consolidação. Sempre houve. Em qualquer indústria sempre existe consolidação e o mercado fica reduzido a poucos players.

NEGÓCIOS –  É possível repetir na GM a virada que o senhor conseguiu na Chrysler?
Lutz – Conto com isso. Continuo muito otimista em relação ao futuro. Se não estivesse, não estaria mais trabalhando aqui. Ficaria em casa e aproveitaria a vida. Estamos passando por um período incomum de dificuldades. Os financeiros dizem que, no futuro, serão escritos livros sobre a crise de 2007 e de 2008 – da mesma forma que hoje nas aulas de história da economia aprendemos sobre 1929.

NEGÓCIOS –  O senhor acredita que pode salvar uma grande empresa como a GM?
Lutz – Não. É um trabalho em equipe. Sou o técnico de um time. Não sou engenheiro, não sou designer, não sou um cara de produção. Tenho a habilidade de conseguir mais das pessoas, de estabelecer objetivos que elas aceitam e que elas acreditam que podem ser atingidos. É como ter um time de futebol que perde time e você muda o técnico. Depois disso, o time volta a ganhar as partidas com os mesmos jogadores. Com toda a modéstia, me vejo assim. É claro que não faço tudo sozinho. Mas espero que eu faça a diferença.

NEGÓCIOS – – O senhor pilota seu helicóptero para o trabalho?
Lutz – Sim. Mas depende do tempo. Não é bom pilotar um helicóptero quando o tempo está ruim ou quando está muito escuro. Mas eu venho de helicóptero sempre que posso. Hoje não foi era um dia muito bom para isso.

NEGÓCIOS – Como é a sua rotina?
Lutz – Chego ao trabalho e tenho uma série de reuniões durante o dia.

NEGÓCIOS –  Mas que horas o senhor acorda?
Lutz – Boa pergunta. Essa é uma coisa que me incomoda em relação ao trabalho. Se pudesse, acordaria entre oito e nove horas da manhã. Mas isso não é compatível com minha rotina na GM. Se tenho uma reunião às 7 da manhã, o que é normal, tenho que acordar às 4h45 da manhã para sair uma hora depois.

NEGÓCIOS- Mas o senhor não estava acostumado a acordar cedo na Marinha?
Lutz – Mas eu tinha 20 anos naquela época. É uma grande diferença. Além disso, não gostava de acordar cedo naquela época. Mas não tem o que fazer. O dia de trabalho começa às 7 da manhã na GM. Algumas vezes, as reuniões começam às 6 da manhã. Mas deleguei a primeira hora para outras pessoas. Teria que acordar às 3h45 da manhã. Não tem nenhuma chance disso acontecer.

NEGÓCIOS –  O senhor vive numa pequena fazendo em Ann Arbour, certo?
Lutz – É uma fazenda de 47 hectares. Se a economia mundial for por água abaixo posso comprar umas vacas, porcos e galinhas. Hoje, tenho apenas os cavalos da minha mulher, cinco cachorros, seis gatos e gansos. A gente planta feno para alimentar os cavalos. Somos mais do que auto-suficientes em feno. 
                   
NEGÓCIOS –  O senhor pensa em aposentadoria?
Lutz – Não. Enquanto a saúde permitir e o pessoal da GM me quiser por perto, fico feliz em trabalhar.

NEGÓCIOS –  O senhor tem planos para a aposentadoria?
Lutz – Na verdade, não. Não é uma questão do que vou fazer. Tenho muitos brinquedos para me divertir, uma casa ótima na Suíça, a casa em Michigan e em Montserrat. Tenho muitos lugares para ir e me divertir. Meu pai trabalhou até os 93 anos. Esse não é o meu objetivo, acho que a GM não vai me querer aqui até lá.

EDIÇÃO 21 – NOVEMBRO DE 2008 | 28/11/2008 – 18:02 

ÉPOCA NEGÓCIOS

Extraído de:

http://epocanegocios.globo.com/Revista/Epocanegocios/0,,EDG84928-8381-21,00-LEIA+A+INTEGRA+DA+ENTREVISTA+FEITA+COM+BOB+LUTZ+RESPONSAVEL+PELO+PROJETO+DO.html

Publicado por Gustavo Jota

Formado em design industrial pela Universidade de Brasília - UnB. Empresário, sócio de empresas do setor de design e infra-estrutura. Frase do ano: modernidade hoje significa um bocado de user names, senhas e sites, dos quais vcs nao se lembra nem de um nem do outro.

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