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Foto:sxc.hu

Por Aline Carneiro Damacena

Eu acho que, como toda profissão, o Design tem alguns mitos que atrapalham quem quer seguir por esse caminho – e muito. Listo os que eu identifico abaixo, com a ressalva que essa é a minha opinião.


1º) Designer bom não tem salário, tem que ser empreendedor!
Eu gostaria de entender quem colocou essa idéia como máxima. Eu conheço dezenas de designers empregados que se sentem culpados por ter salário e quererem algo muito simples: uma vida que permita prever um orçamento mensal. Essa história de que todo designer é um empresário em potencial, na minha opinião, só serve para muitos medalhões explorarem seus empregados – com a desculpa que cada empregado está ali só num ‘pit stop’ para um vôo solo. A gente tem que colocar na cabeça que não existe nada demais em ser um designer empregado. Não é derrota pessoal.

2º) Se você for um bom designer, terá sucesso.
Detesto dizer isso, mas eu conheço uma série de excelentes designers que, por circunstâncias da vida ou por determinadas escolhas, não tiveram sucesso no Design. Infelizmente, o Design não é uma profissão que dependa apenas do talento para obter lucro e reconhecimento. Por isso eu aconselho quem está começando a pensar bem se é isso que quer para a vida.

3º) A regulamentação vai resolver todos os problemas!
Não. Não vai, simples assim. A Advocacia, por exemplo, é uma profissão que é tão regulada, que não basta nem mesmo terminar a faculdade, é preciso prestar exame para a OAB. E o que não falta são problemas para eles.

4º) A regulamentação não vai adiantar nada!
Olha, não resolve tudo, mas pelo menos tira essa cara de ‘casa da mãe joana‘ que tem a profissão. Um pouco de moralização não faz mal a ninguém.

5º) Um escritório de Design não tem condição de pagar um bom salário em carteira, por isso a maioria não assina a carteira dos funcionários.
Outra inverdade conveniente. Meu pai tem um escritório de contabilidade, mas, com faturamento menor que muita agência, registra todos os empregados. Se ele pode, porque tanto escritório tarimbado insiste nesse papo de Nota Fiscal?

6º) Só vale a pena trabalhar em projetos legais.
Se você pensa assim, tem grandes chances de ficar esperando um século pelo grande projeto. Todo mundo, inclusive os medalhões tarimbados, faz o básico e faz o feijão com arroz. Projetos legais acontecem, mas o dia a dia é feito de trivialidades, porque se você torce o nariz para elas, os projetos especiais não virão nunca.

7º) Design é uma profissão de gente cool e descolada.
Eu queria saber porque tem uma galerinha que gosta de andar ‘fantasiado de designer’. Isso só serve para criar um abismo entre o designer e parte do público. Essa postura de gênio não garante melhores trabalhos.

8º) Eu sou designer, eu sei exatamente o que eu estou fazendo e o cliente é um burro.
Na verdade existem 2 tipos de clientes: os que sabem o que querem e os que não sabem o que querem. Mas todos eles sabem o que não querem quando você apresenta isso. Os dois podem causar problemas quando você apresenta algo que eles acham inadequado. Aprendemos na faculdade tudo que precisamos para desenvolver um projeto, e nada para ser usado no momento em que ouvimos um não. Normalmente culpamos o cliente pelo não, mas nos recusamos a ver que se não chegamos lá, pode ser que não tenhamos entendido o que ele não quer. Insistir em algo que o cliente não quer sem explicar para ele porque aquilo é bom para o seu produto, é apostar no fracasso do projeto.

Publicado por Mônica Fuchshuber

MÔNICA FUCHSHUBER é uma Designer e Ilustradora carioca. Nasceu no Rio de Janeiro, viveu em São Paulo durante 22 anos e em 2010 retornou à sua cidade natal. Atualmente, trabalha em seu estúdio na cidade do Rio de Janeiro, desenvolvendo trabalhos nas áreas de Ilustração e Design. Possui mais de 20 anos de experiência, atendendo clientes de diversos portes e segmentos de mercado. Suas criações já foram aplicadas em vários produtos: livros, quadros, cartões comemorativos, embalagens, camisetas, cadernos, almofadas, cangas, quadros, lenços e anúncios publicitários. É Bacharel em Comunicação Visual (Design Gráfico) pela Universidade Federal do Rio de Janeiro – UFRJ. Cursou MBA em Comunicação e Marketing na ESPM São Paulo.

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