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O improvável também acontece

Os empreendedores vivem em um mundo de incertezas. Todos eles vivem assim, e talvez não se dêem conta disso ou achem que não é bem assim. Mas, com certeza, o empreendedor vive em um mundo de enormes improbabilidades.

Empreender já é, por si só, algo improvável, assim como é quebrar paradigmas, inovar, pensar fora da caixa. Empreender é correr risco – não é saltar de pára-quedas sem pára-quedas como gosto de ilustrar em minhas aulas e palestras. Mas é seguramente algo que requer uma boa dose de convivência com o risco, a dúvida e a ambigüidade.

Nunca me esqueço de uma lição de relatividade que tive de um professor de estatística na faculdade. Ele dizia: algo pode ter uma chance muito, muito baixa de acontecer, mas depois que aconteceu com você, aí virou 100%. 😉

Empreender é bem assim, a probabilidade de dar certo é mínima, mas quando dá, vira 100%!
100% sua, 100% intensa, 100% recompensadora, 100% realizadora! É 100%! E é por isso, só isso, que faz tanto sentido.

Mas sobre o improvável: estive uns dias no Rio de Janeiro e adoro conversar com os motoristas de táxi. Eles sabem tudo, têm uma filosofia de vida toda deles, conhecem gente de todos os tipos e lugares. E, no Rio, ainda têm uma jinga toda especial, esperta, de quem está o dia todo na rua e conhece a cidade como a palma da mão.

Num dos trajetos, pego um senhor já mais velho, tipo uns 60 anos, com luvas de dirigir, tintura e gel no cabelo. Ele tinha um papo bom e divertido. Perguntou–me de onde eu era. Quando respondi de São Paulo ele me disse: “quando eu vim pro Rio eu vim pra São Paulo…” hum? Como assim perguntei: “vim do Recife e fui pra São Paulo. Era julho e peguei um frio, mas um frio… que disse pros meus amigos de lá… vou-me embora. Não agüento esse frio… já comprei a passagem e estou embarcando de volta pro Recife, com paradas em uma lista enorme de cidades, sendo o Rio a primeira.

Entendi, disse, dando corda pra conversa. Ele continuou imediatamente: “No ônibus, sentei ao lado de um casal que ia pro Rio que perguntou para onde estava indo. Contei a história sobre o frio de São Paulo. Eles me disseram: vai nada, vai pro Rio. Lá é quente e você vai se dar bem. Vou é morrer de fome. Eles disseram vai nada, fica lá em casa. Ao chegar no Rio, resolvi descer com eles e aceitar o convite. Hospedei-me no quartinho dos fundos da casa deles. Três dias depois, eles me apresentam um amigo que disse que na empresa de ônibus em que trabalhava estavam procurando faxineiros… e lá fui eu”.

Fiquei ouvindo aquela história e pensando com meus botões: não é só empreender que é improvável, a vida é improvável. Ai o motorista do táxi engatou de novo o papo: “comecei na empresa de ônibus como faxineiro em 1967 e saí em 2007 como gerente. Lá fui tudo, faxineiro, cobrador, motorista, inspetor e me aposentei como gerente da empresa”, finalizou o senhorzinho do cabelo acaju com gel e luvas de dirigir já meio gastas.

Que história!, penso eu. E eu achando que empreender é improvável… Viver é que é improvável.

Mas o lindo, o mais maluco, a coisa que quebra nossas pernas, é que o improvável acontece! 100%! 😉

Texto de Bob Wollheim

Eu assino o Feed dessa coluna, é muito boa pra quem se aventura em empreendedorismo além de design.

Postei este texto pra lembrar que a gente nasce pelado e sem dente e quando tenta alguma coisa nova corre um sério risco dela dar certo.

😉

Publicado por Fernando Galdino

Acredito que o Design pode ser muito mais do que escolher tamanho de fonte do corel e cor de acabamento. Acho q essa atividade é totalmente dispensável da vida humana, porém pode melhorar qualquer tipo de produto, serviço ou outra atividade quando aplicada ao processo (sério). Eu acredito no direito de falar o que eu penso, com as informações que eu tenho. Acredito no direito de estar errado e de assumir que não sei de muita coisa, mas tô disposto a compartilhar esse pouco com quem quiser visitar este periódico vez por outra. "No fundo no fundo... bem lá no fundo... se torna raso" Benedito Galdino

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