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Nova Se

Seguindo o sucesso do Dr. Brand o dG + Design-se lança o segundo consultor do site. O Dr. Empreendedor, que esclarecerá dúvidas sobre empreendedorismo e mercado de trabalho para profissionais e estudantes de design em geral (não somente gráfico) – para quem tem ou pensa em montar sua própria empresa, trabalha como freelancer ou quer simplesmente criar uma carreira sólida na área (ganhando dinheiro sem ser escravizado).

Nome: Karon Jeannefer
Pergunta: Oi! Eu estou no segundo ano de Design Gráfico, na Universdade Norte do Paraná em Londrina, e estou pensando em abrir um escritório de Design com mais um sócio. Gostaria de saber como eu posso abrir esse negócio sem me desfalcatar muito financeiramente, até mesmo porque sou uma estudante ainda.

Resposta:
Olá, Karon!

A sua pergunta é daquelas que requer uma resposta longuíssima. De fato, acabei de escrever uma de duas páginas no word ? mas cheguei a conclusão que seria meio kamikaze publicar um tijolo desses logo na primeira das colunas do dr. Empreendedor. Sendo assim, vou apenas pincelar o geral; Se tiver dúvidas mais específicas, pode fazer outras perguntas para nós ? ou me envie e-mail diretamente, que ficarei feliz em ajudar.

Por partes:

Gestão financeira. Essa é uma brincadeira que requer disciplina e muita, muita organização. Só com um controle estritíssimo você conseguirá precisar ao certo se está, de fato, tendo lucros ? ou prejuízos. Com isso organizado, vem a parte do planejamento, outra (pobre coitada) constantemente deixada de lado. É aqui que você faz as previsões contábeis, os fluxos de caixa (para metas de 5 anos ou até mais), as avaliações de risco e assim por diante… ou pelo menos em teoria. Acontece que somos designers e não gerentes financeiros ? o que torna todo esse trabalho um pouco (leia-se: muito) difícil. O que fazer então? A opção número 1 é contratar alguém especializado nisso ? praticamente inviável para uma empresa começando. A número 2 é contratar um contador muito, muito bom. Contadores são inevitáveis ? você precisará de um assim que formalizar a empresa. Se encontrar um bom ele pode, às vezes sem custo adicional nenhum, ajudar sua organização financeira até a empresa deslanchar. Mas o melhor mesmo é a opção 3: encontrar um amigo ou parente em que você confia para lhe ajudar.

Fontes de financiamento. Como você não estará criando nenhuma inovação radical (imagino) nem pretende explorar petróleo, o mais provável é que o seu financiamento não venha de bancos ? mas do velho e bom trio ?família, amigos e fundos?. Neste quesito, vale tudo ? ocupar um imóvel não-alugado do paizão (por um preço camarada, lógico), vender o carro, levar o pc de casa… Tudo que possa baixar os custos da empresa é bom, mas lembre-se que você terá uma imagem a zelar com os clientes. E não só com eles: a partir do momento que um parente ou amigo entra na brincadeira, o assunto fica mais sério ? e um mal planejamento pode levar ao fim da amizade (que é muito pior que o fim do financiamento). De qualquer forma, existem duas maneiras de se trabalhar com esses ?investidores?: ou através do clássico empréstimo (dívida) ou eqüidade (participação no negócio)¹. Lembre-se que empresas de design, por serem prestadoras de serviço, não requerem rios de dinheiro para serem montadas – mas não é por isso que você deve controlar suas finanças com rédea solta.

Quer uma boa forma de você resolver boa parte desses problemas e ainda dar um belo impulso em sua empresa logo no começo? Procure por incubadoras de design em Londrina. Incubadoras são entidades sem fins lucrativos destinadas a ajudar negócios que estão nascendo, geralmente que ofereçam algum diferencial para o mercado em questão. Essa ajuda pode vir de várias formas: instalações, serviços compartilhados como luz e telefone, consultoria em áreas como (surpresa!) gestão financeira e assim por diante. O prazo de incubação costuma durar até dois anos. A Libra Design, de Belém, é um exemplo de empresa recém saída de uma incubadora que está crescendo. Outra de destaque é a Design Inverso, de Joinville, que já acumula vários prêmios internacionais.

Independente do caminho que você seguir, tenha sempre em mente que a organização é a forma mais singela de reduzir riscos ? e, portanto, a chance do ?desfalque financeiro? que você mencionou. Experimente, só de brincadeira, controlar com ?mão de ferro? suas despesas pessoais, como se fosse uma empresa, durante alguns meses. Você ainda está no segundo ano; embora eu conheça muitas empresas que se formaram enquanto os sócios ainda eram estudantes, pense bem se não vale a pena esperar mais um pouco e investir em estágios, onde você sempre pode captar alguma coisa. Quanto mais experiência você tiver, menos riscos correrá.

¹DORNELAS, José Carlos Assis. Empreendedorismo ? transformando idéias em negócios. Rio de Janeiro: Elsevier, 2005.

Interpretou Dr. Empreendedor Luiz Fernando Pizzani é designer pós-graduado em Gestão de Negócios, coordenador do Projeto Empreendedoragh! e consultor de empresas de design.

Também tem dúvidas? Pergunte para Dr. Empreendedor, utilizando esse formulário.

Publicado por Armando Fontes

Carioca, morando no oeste catarinense, ex-baixista, ex-míope e ex-cabeludo, que crê que atividade de design ganhará cada vez mais respeito na sociedade, quando a classe como um todo, perceber que o que fazemos está mais próximo da Economia do que da Arte. Que nosso atividade gera lixo, riquezas, transformações sociais e culturais. Gestor de marcas e identidade corporativa pela PUC-MG, Designer de produtos pela UFRJ. Editor do twitter (@design_se) que uniu forças com o Espaço.com/design em 2010. Estudioso de cervejas e homebrewer da Cerveja Vilã Autor da frase: "Minha mãe fez designer."

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